terça-feira, 31 de julho de 2012

MEC USA EXEMPLO DE REDAÇÃO QUE CHAMA A VENEZUELA DE DITADURA E ESCREVE NOME DE PRESIDENTE ERRADO


Após mudar os critérios de correção da redação do próximo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Ministério da Educação (MEC) lançou segunda-feira (30) o guia que orienta os alunos para a prova específica de redação. 
Uma das redações que o documento destaca como bom exemplo de texto chama a Venezuela de "ditadura" e ainda erra a grafia do presidente do país. "Lembrando que na Venezuela há eleições normais, com a existência de um parlamento representado por deputados de vários partidos, tanto da base governistas como de oposição. Inclusive por lá haverá uma eleição presidencial no dia 7 de outubro deste ano, onde disputa a reeleição o candidato de esquerda Hugo Chávez e o candidato da extrema direita Henrique Capriles Randonski." (Saiba mais aqui.)
Este guia, de 48 páginas, terá aproximadamente 1,7 milhão de cópias distribuídas em todo o país e foi elaborado pela equipe da Diretoria de Avaliação da Educação Básica (Daeb) do instituto com o intuito de esclarecer que é um texto dissertativo-argumentativo, detalhar os critérios de correção e apresentar exemplos de provas que conseguiram a pontuação máxima (1 mil pontos) em anos anteriores. O domínio da norma culta da língua escrita é uma das competências avaliadas. Logo no primeiro exemplo, o manual destaca a redação "O fim do Grande Irmão", feita por uma estudante do Rio de Janeiro. Segundo o texto dela ao comentar o uso indiscriminado das redes sociais, a aluna destaca que perfis em redes como Facebook e Twitter servem como "ferramenta política e social para aumentar a credibilidade de determinadas personalidades, como ocorre com Hugo Chaves em sua ditadura na Venezuela". O certo é Hugo Chávez. 
O MEC explica no guia  que "A participante demonstra ter compreendido a proposta da redação e desenvolvido o tema dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. "No desenvolvimento, são apresentados os argumentos que comprovam a opinião negativa da participante sobre a ação das redes sociais". O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Luiz Cláudio Costa, disse que a estudante usou "a norma culta com perfeição" e aportuguesou o nome do presidente venezuelano. " Interessante é que aprendemos que nome é algo próprio e não possui tradução". Quanto aos possíveis constrangimentos causados pelo destaque de uma redação que chama de ditadura a Venezuela, Luiz Cláudio respondeu que "a redação não é avaliada pela sua ideologia. O Brasil é uma democracia que respeita a liberdade de expressão, respeitamos a posição política de cada estudante, independentemente de concordamos ou não". 
O Enem está marcado para os dias 3 e 4 de novembro e desde antes já traz a tona polêmicas.

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