sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O QUE TRARÁ A EXPLORAÇÃO DE VANÁDIO PARA MARACÁS E REGIÃO?


Local onde haverá a exploração do Vanádio
Segundo o diretor-executivo da mineradora Vanádio Maracás S/A Largo Resources Kurt Menchen,  este será o melhor vanádio do mundo, com baixo custo de produção e impacto ambiental. A Vanádio de Maracás representará em torno de 8% da produção mundial de vanádio, minério utilizado na fabricação de aços especiais.
Em geral, ele é misturado com ferro ou alumínio para produzir ligas metálicas de alta resistência, usadas na construção civil. O vanádio também é usado nas indústrias de petróleo e gás, em ferrovias e até na produção de foguetes e materiais cirúrgicos.
O presidente CEO da Largo, Mark Brennen, conta que 90% do minério extraído será exportado, uma vez que a produção da mineradora será quatro vezes maior do que a demanda nacional, de 1,2 mil tonelada por ano de vanádio. Entre os maiores consumidores do minério, que movimenta US$ 2,3 bilhões por ano, estão Japão, EUA, Europa e Coreia.
Estrada que liga a BA 026 a mina de Vanádio 
A mina foi descoberta em 1976 pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), mas apenas em 2006 o prospecto foi apresentado aos canadenses. O interesse dos estrangeiros foi grande, e já em 2007 o projeto começou a ser implantado.
A mina de vanádio fica próximo no povoado de Porto Alegre, em Maracás, município com 25 mil habitantes e conhecido como cidade das flores, produto que movimenta a economia local. O prefeito da cidade, Paulo dos Anjos, conta que Maracás vive o desafio de desenvolver a mina e a agricultura em paralelo, qualificando os trabalhadores.
Segundo o gestor, mais de 50% dos profissionais contratados para as obras são de Maracás e das cidades próximas. “Falta mão de obra qualificada aqui, mas o compromisso da mineradora também é dar qualificação para que  quem quer entrar como ajudante de pedreiro ou eletricista possa ficar em cargos fixos depois que as obras terminarem”.
O agricultor de Porto Alegre Antônio Caetano Neto,  61 anos, diz que a maioria dos trabalhadores da região foi contratada pela Vanádio de Maracás, e que a mina é positiva para a cidade. “Essa mina fazia parte do terreno de meu tataravô, que foi vendido antes de descobrirem o minério”, conta. Também agricultor de Porto Alegre, Francisco Meira, 71, confia que a empresa vai ajudar Maracás. “Espero que melhore a cidade. Foi o que eles prometeram”. 
Região de onde sairá o Vanádio
O diretor de RH do empreendimento, Paulo Viana, afirmou que as 400 vagas que serão geradas quando a mineradora estiver em pleno funcionamento estão divididas, principalmente, entre as áreas de elétrica, mecânica e manuseamento de máquinas. “Em parceria com o Senai, vamos fazer uma qualificação de cerca de 600 pessoas, das quais vamos aproveitar 200”, diz.
Os trabalhadores locais são priorizados na seleção, mas a busca por mão de obra se estende para outras localidades. No caso de engenheiros e geólogos, por exemplo, estão sendo contratados profissionais de fora da região, priorizando os da Bahia. “Vamos exaurir toda a mão de obra local para depois procurar fora”, relata o diretor-executivo do empreendimento, Kurt Menchen.
No total, o projeto terá até R$ 555 milhões em investimentos, sendo 60% finanaciados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e 40% de fundos internacionais. A produção da mineradora vai gerar receitas de mais de R$ 300 milhões anuais. A capacidade inicial de processamento da mineradora será de 5,1 mil toneladas de vanádio por ano - o quilo do minério custa, em média, R$ 67.
Alem dos empregos, outra fonte de receita para a cidade serão os royalties, por meio da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM). Esse montante será dividido entre município (63%), estado (24%) e União (13%). “O projeto é bom para a Bahia e para Maracás, dentre outros motivos, pelo ingresso de receita através dos royalties, que podem ser dirigidos para as áreas de educação e habitação”, afirmou o governador.


Informações Correio e Blog Ed Santos. Fotos Blog Ed Santos.

1 comentários:

Anônimo disse...

De boa vai gerar um impacto social e ambietal enorme, sem falar que o Vanádio, o pó metálico é pirofórico e os compostos de vanádio é considerado como altamente tóxicos. Sua inalação pode causar câncer de pulmão e outro problemas de saúde.

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