terça-feira, 16 de julho de 2013

Patriota diz que os esclarecimentos dos EUA sobre espionagem contra brasileiros são insuficientes

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, reiterou que aguarda as informações oficiais do governo dos Estados Unidos sobre as denúncias de espionagem de cidadãos brasileiros, por agências norte-americanas. O chanceler disse ainda que considera “insuficientes” os esclarecimentos fornecidos até o momento.  
Na semana passada, o governo brasileiro pediu explicações ao Departamento de Estado norte-americano e à Embaixada dos Estados Unidos em Brasília. Patriota disse, porém, que "alguns esclarecimentos foram fornecidos, nós consideramos insuficientes".  
Patriota ressaltou que os técnicos dos ministérios da Justiça, da Defesa, da Ciência, Tecnologia e Inovação, do Itamaraty, e do Gabinete de Segurança Internacional trabalham na elaboração de perguntas para a solicitação de mais esclarecimentos.  
Com base em dados obtidos pelo norte-americano Edward Snowden, que trabalhava para à Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, aos quais teve acesso, o jornal O Globo publicou reportagens segundo as quais Email e telefonemas cidadãos de milhares de brasileiros foram monitorados.  
As reportagens mostram ainda que havia uma espécie de escritório da NSA em parceria com a Agência de Serviço de Inteligência norte-americana (CIA, em inglês) em Brasília com fins de monitorar os brasileiros.  
Na última quarta-feira (10), Patriota e os ministros Celso Amorim (Defesa) e José Elito Siqueira (GSI) participaram de audiência pública conjunta do Senado e da Câmara sobre as denúncias de espionagem.  
Patriota acrescentou hoje que as conversas entre os chanceles dos países do Mercosul (Brasil, Uruguai, Argentina e Venezuela) evoluem no sentido de pedir explicações aos embaixadores da Itália, da Espanha, de Portugal e da França sobre a proibição de sobrevoo e aterrissagem ao avião do presidente boliviano Evo Morales. A proibição foi motivada pela suspeita de Snowden estar escondido na aeronave e colocou em risco a vida do líder da Bolívia que teve que voltar a Áustria sob pena de ter o pequeno avião no qual estava bombardeado. Para o Mercosul, é fundamental que os europeus prestem esclarecimentos e peçam desculpas ao presidente boliviano.

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