segunda-feira, 4 de novembro de 2013

ITIRUÇU E MAIS 22 MUNICÍPIOS RECEBERAM TECNOS DO GOVERNO PARA FORTALECER PEQUENOS PRODUTORES DE CAFÉ

Cerca de duas mil famílias produtoras de café de municípios da região Sudoeste entre eles Itiruçu e na Chapada Diamantina serão beneficiados pela Secretaria de Agricultura da Bahia e receberão assistência técnica especializada durante o período de três anos. No total são 23 municípios das duas regiões baianos que estão inseridos nesse projeto. Além de Itiruçu serão atendidos os municípios de Barra da Estiva, Piatã, Ibicoara, Bonito, Seabra, Ituaçu, Iraquara, Abaíra, Brejões, Rio de Contas, Ubaíra, Mucugê, Barra do Choça, Vitória da Conquista, Nova Canaã, Encruzilhada, Planalto, Mulungu do Morro, Poções e Iguaí.
Para o Secretário Eduardo Salles, a cafeicultura é uma atividade agrícola predominantemente da agricultura familiar, uma média de 90% são pequenos produtores e os 30 técnicos especializados no campo, irão acompanhar essas famílias, para fortalecer a cadeia produtiva do café no Estado.
Em Itiruçu e região, a atividade cafeeira está em declínio acentuado já a alguns anos, e os motivos que levaram a queda na produção foram principalmente as perturbações climatológicas provocadas pelos desmatamentos, como a escassez de chuvas, a falta de investimentos e inovações por parte dos produtores e de incetivos por parte dos governos nas ultimas gerações.
Com isso a Bahia ocupa a 4ª posição na produção cafeeira do Brasil, ficando atrás de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo.
Segundo a SEAGRI, o Estado ainda produz desde os lavados da Chapada Diamantina, do Planalto da Conquista e da região de Itiruçu/Vale do Jiquiriçá/Brejões, aos cafés naturais finos do Oeste Baiano e mesmo ao café Conilon das regiões costeiras do Baixo Sul/Sul e do Extremo Sul.
De acordo com o Diagnóstico da Cadeia Produtiva do Café, realizado pela Associação de Produtores de Café da Bahia (Assocafé), o Estado possui cerca de 22 mil produtores, dos quais 92,6% são pequenos agricultores, com menos de 10 hectares, e 6,8% com menos de 100 hectares. Os demais, 0,6% são grandes produtores, com mais de 100 hectares, responsáveis por 46% da produção, com produtividade de 33 sacas/hectare, enquanto os pequenos produzem em média 13 sacas por hectare.
Segundo informações da coordenação do programa de Café da Seagri, a Bahia alcançou em 2012, um volume médio de 2,25 milhões de sacas em um universo estimado de 10 mil propriedades, as quais mais de 70% pertencem a pequenos produtores, o que demonstra sua importância como atividade econômica, tanto para empresários quanto para agricultores familiares.
A região da Chapada Diamantina ganhou notoriedade internacional pela produção reconhecida de cafés gourmet e especial, categorias da bebida e de grãos considerados de excelência. Os grãos de Piatã, por exemplo, um dos municípios mais altos do Nordeste, localizado na Chapada Diamantina, são exportados para todo o mundo, principalmente para a Coréia do Sul, Japão, Estados Unidos e Europa. Cerca de 70% da colheita da região Oeste da Bahia, também é voltada para exportação e tem como destino a Europa e a América do Norte.

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