segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

EXPECTATIVA DE VIDA SOBE 12,4 ANOS DE 1980 A 2013, POREM QUADRO DE JOVENS MASCULINO É PREOCUPANTE

Sobremortalidade masculina é maior para os jovens
A maior mortalidade da população masculina em relação à feminina pode ser observada desde o instante do nascimento. A probabilidade de um recém-nascido do sexo masculino não completar o primeiro ano de vida foi de 16,3 para cada mil nascidos vivos. Para o sexo feminino, este valor foi de 13,7 por mil, uma diferença de 2,6 óbitos. Assim, a mortalidade infantil para os meninos é 1,2 vez maior do que para as meninas.
Entre 1 e 2 anos de idade, este valor passa para 1,3 vez, mantendo-se neste nível até os 9 anos. A partir desta idade, cresce até atingir o valor máximo entre os 22 e 23 anos: um homem de 22 anos tem 4,6 vezes mais chances de não atingir os 23 anos de idade do que uma mulher, e a seguir decresce conforme a idade aumenta.
Expectativa de vida no Brasil cresceu 12,4 anos entre 1980 e 2013
Em 1980, a expectativa de vida ao nascer no Brasil para a população de ambos os sexos era de 62,5 anos, uma diferença de 12,4 anos em relação ao apurado em 2013. Assim, ao longo de 33 anos, a expectativa de vida ao nascer no Brasil incrementou-se anualmente, em média, 4 meses e 13 dias. O ganho observado neste período foi maior para as mulheres (12,9 anos) do que para os homens (11,7 anos). A diferença entre os sexos também vem aumentando no período: em 1980, a diferença entre as expectativas de vida de homens e mulheres era de 6,1 anos a mais para as mulheres, em 2013, foi de 7,3 anos.
A taxa de mortalidade infantil, que em 1980 estava próxima dos 70,0 por mil nascidos vivos, em 2013 foi estimada em 15,0 por mil, representando uma queda de 78,3% nas mortes de menores de 1 ano. O mesmo comportamento foi observado na mortalidade da infância, que demonstrou um declínio de 79,3%, passando de 84,0 por mil em 1980 para 17,4 por mil em 2013.
A mortalidade dos jovens brasileiros (15 a 24 anos) também diminuiu nesses 33 anos, contudo de formas bem diferentes segundo o sexo. Em 1980, de cada mil jovens do sexo masculino que atingissem os 15 anos, aproximadamente 23 não completariam os 25 anos. Em 2013, essa proporção foi de 22 por mil, um declínio de 7,5% no período. Já para as mulheres, o declínio foi de 56,5%: em 1980, de cada mil jovens de 15 anos, aproximadamente 12 não completariam os 25 anos; em 2013, a proporção foi de cinco óbitos para cada mil. Esse fenômeno pode ser explicado pela maior incidência dos óbitos por causas violentas na população masculina.
No intervalo de idade dos 25 aos 60 anos, a mortalidade declinou consideravelmente para os dois sexos. Em 1980, para cada mil indivíduos que atingiam os 25 anos, cerca de 236 não atingiriam os 60 anos. Em 2013, a proporção foi de aproximadamente 137 por mil, representando uma queda de 42,2%.
Probabilidade de um jovem de 25 não atingir os 60 anos (‰) - Brasil 1980-2013
A população brasileira vem envelhecendo rapidamente, tanto em função do declínio da fecundidade quanto da mortalidade. Esta última variável tem influência direta no aumento da longevidade dos brasileiros. Em 1980, de cada mil pessoas que atingiam os 60 anos, 656 não chegariam aos 80 anos. Em 2013, de mil pessoas com 60 anos, 427 não completariam os 80 anos, representando 229 óbitos a menos. A expectativa de vida aos 60 anos, que era de 16,4 anos em 1980, passou para 21,8 anos em 2013, acréscimo 33,0%. Ou seja, em 2013, um brasileiro com 60 anos de idade viveria, em média, até os 81,8 anos, sendo 79,9 anos a média para os homens e 83,5 anos para mulheres.

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