quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Hábitos saudáveis podem controlar Síndrome dos Ovários Policísticos

Ganho significativo de peso, ciclos menstruais irregulares, hipertensão, colesterol alto, dificuldade para engravidar, aumento da oleosidade da pele, acne, excesso de pelos (hirsutismo) em regiões como rosto, seios e abdômen e queda de cabelo podem ser sintomas da Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), distúrbio hormonal crônico que atinge entre 7 e 10% das mulheres em idade reprodutiva. Segundo estimativas mundiais, cerca de 50% das mulheres acometidas pelo distúrbio sofrem com sobrepeso ou obesidade, e, por sua vez, o aumento de peso agrava a Síndrome, caracterizada pela presença de microcistos no ovário, produção excessiva de hormônios masculinos (principalmente testosterona) pelo organismo e pela falta de ovulação ou ciclos ovulatórios esporádicos.         
“A paciente acometida pela Síndrome tem o ciclo menstrual irregular ou, muitas vezes, nem menstrua e passa a ter dificuldade para engravidar e outras implicações na sua saúde e na vida social e afetiva”, explica o ginecologista Jorge Valente, diretor médico do Ceparh (Centro de Pesquisa e Assistência em Reprodução Humana). Em alguns casos, há pacientes que também apresentam sangramento vaginal aumentado (hemorragia uterina). 
É importante ressaltar que 25% das mulheres que possuem ovários policísticos identificados em exames de ultrassonografia não apresentam a Síndrome. “Nem todas as pacientes com ovários policísticos param de ovular”, afirma o especialista.
Além de favorecer à obesidade, o distúrbio aumenta o risco da mulher desenvolver infertilidade, diabetes, doenças cardiovasculares e câncer do endométrio. A Síndrome é um dos fatores, frequentemente, responsáveis pela infertilidade e abortamento, no entanto, quando tratada a mulher pode recuperar sua capacidade de engravidar.
De causas multifatoriais, a Síndrome dos Ovários Policísticos apresenta-se das mais variadas formas e seu tratamento deve ser sintomático e individualizado, de acordo com o quadro da paciente e com o que ela deseja.  Caso a paciente não tenha o desejo de engravidar, o tratamento da síndrome, geralmente, é feito com anticoncepcionais orais, mas aliar dieta e atividade física também são fundamentais na melhora do quadro.  O desequilíbrio hormonal causado pela síndrome costuma desencadear a obesidade e o excesso de peso, por consequência, piora o distúrbio dos hormônios. O ganho de peso é um sintoma e, ao mesmo tempo, uma causa.             
“No caso das pacientes com sobrepeso ou obesidade, a perda dos quilos em excesso através da adoção de uma alimentação saudável e de atividade física regular são fundamentais na correção desse distúrbio e de todas as implicações na saúde da mulher”, lembra o médico. “Mudar o estilo de vida pode reverter o quadro do distúrbio e das suas complicações,” acrescenta o médico Jorge Valente. Para a paciente que está tentando ser mãe, o tratamento é feito através de medicamentos para estimular a ovulação.      
Além do exame clinico, o diagnóstico é feito através de exame de imagem (ultrassom transvaginal) e laboratorial.

Marcos Paulo Sales – Assessoria de Imprensa      
Contatos: (71) 9135-5465/8853-1393          
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