quarta-feira, 1 de abril de 2015

Petrobras e Bolsa sobem forte com balanço e Levy

Brasil 247 - Após a divulgação da pesquisa CNI/Ibope, o Ibovespa atingiu a máxima do dia, mas analistas veem impacto limitado desta questão política específica. Entre os principais drivers nesta quarta-feira (1) está o adiamento da votação do reindexador de dívidas de estados e municípios, uma vitória do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no Congresso. Do lado internacional, o PMI (Índice Gerente de Compras) da China veio mais fraco que o esperado, aumentando as apostas de que a segunda maior economia do mundo deve lançar estímulos para aumentar o crescimento.

Às 13h40 (horário de Brasília), o benchmark subia 2,79%, a 52.569 pontos, enquanto o dólar comercial caía 1,01%, a R$ 3,1585 na venda. Já no mercado de juros futuros, os contratos para janeiro de 2017 caíam 0,14 ponto percentual, a 13,25%, enquanto os contratos para janeiro 2021 caíam 0,18 ponto percentual, a 12,80%.

Segundo análise da Coinvalores, os números ontem, apesar de ruins mostram uma transparência, algo que muitos críticos apontavam que faltava no governo nos últimos anos, quando ficou famosa a famigerada "contabilidade criativa". Com isso, aumenta a confiança no ajuste fiscal, trazendo a expectativa de que a política monetária pode ser menos restritiva, o que reduz a curva dos juros.

Para o analista técnico da Guide Investimentos, Lauro Vilares, o queda da aprovação de Dilma de 40% para 12% não mexe muito no mercado, porque não estamos mais em época de eleições. "Impacta mais o Levy sendo o grande articulador político do governo, fazendo realmente o meio campo entre governo e Congresso", diz.

As declarações da presidente em uma entrevista para a Bloomberg também trouxeram pressão compradora, ao mostrarem que seu discurso está alinhado ao de Levy. "Eu farei tudo para atingir 1,2% [do PIB]," disse Dilma em entrevista à Bloomberg no Palácio do Planalto em Brasília. "Vamos ter de racionalizar gastos e defasar outros. Vamos criar vários mecanismos. Diria que essa é a parte em que o governo entra e o nosso pedaço vai ser grande".

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