terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Cunha manobra, consegue postergar sua cassação e põe aliados para analisar impeachment

Depois de manobra do presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB), que permitiu a criação de uma chapa alternativa para concorrer na votação que definiria os integrantes da comissão especial de impeachment, foi eleita a "comissão do golpe", com a maioria de parlamentares da oposição, que defendem o impeachment da presidente Dilma Rousseff; votação teve bastante tumulto, gritaria e terminou em 272 votos para a chapa 2, contra 199 votos da chapa 1; tema será decidido agora no STF, em sessão marcada para o dia 16; o PCdoB entrou com duas ações na corte, uma contra a votação secreta e outra contra a criação da segunda chapa.

Com 39 integrantes, a chapa 2 – Unindo o Brasil, formada em sua maioria por deputados da oposição e dissidentes da base aliada, venceu nesta terça-feira (8/12) a votação para compor a comissão especial que vai analisar o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.  A chapa recebeu 272 votos, enquanto a chapa 1, formada por deputados indicados pelos líderes da base governista, obteve 199 votos. A votação foi secreta.A comissão deverá ter 65 membros titulares e 65 suplentes. As vagas remanescentes, que não foram ocupadas pela chapa vencedora, serão preenchidas em nova votação, que deverá ocorrer amanhã (9). Faltam escolher 26 deputados titulares e 42 suplentes. O bloco encabeçado pelo PMDB tem ainda quatro vagas de titulares e 14 de suplentes para serem ocupadas. O bloco liderado pelo PT terá que preencher ainda 15 vagas de titulares e 17 de suplentes. O bloco da oposição, liderado pelo PSDB, que organizou a chapa vencedora junto com outros partidos da oposição e insatisfeitos com a composição da chapa 1, terá de preencher uma vaga de titular e cinco de suplentes.

Com essa manobra, Pela terceira vez, o Conselho de Ética da Câmara adiou a votação do relatório do deputado Fausto Pinato (PRB-SP) que pede a admissibilidade do processo contra o presidente da Casa por quebra de decoro parlamentar.

Desta vez, o adiamento ocorreu por conta do início da Ordem do Dia no plenário, onde foram votados os nomes dos indicados para compor a comissão especial que discutirá o pedido de impeachment.

Uma nova sessão do Conselho de Ética foi marcada para esta quarta-feira 9, às 13h30. Os aliados de Cunha têm usado manobras regimentais há três semanas para atrasar o processo contra o deputado, que pode ter seu mandato cassado.

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